Mais Lento Do Que a Luz

As nossas convidadas são as matemáticas Andreia Hall e Carlota Simões. Estão ambas estão ligadas às artes, em particular à música. São também as autoras do recente livro infantil Descobre as simetrias, com actividades para crianças do 1.º ciclo do básico. É número 11 da colecção Ciência a Brincar, publicado pela editora Bizâncio com o apoio da Sociedade Portuguesa de Matemática e da Fundação Gulbenkian.

Nuno Camarneiro, nascido em Coimbra em 1977, de uma família com ligações à Figueira da Foz, é um escritor e professor universitário português.

Formou-se em Engenharia Física pela Universidade de Coimbra, trabalhou no CERN e doutorou-se em Florença, em Ciências Aplicadas ao Património Cultural. Foi investigador na Universidade de Aveiro e hoje é docente na Escola das Artes da Universidade Católica Portuguesa, no Porto, trabalhando na área da conservação patrimonial.

Mas o Nuno Camarneiro é sobretudo conhecido pelo grande público como escritor. Em 2011 publicou o seu primeiro romance No Meu Peito Não Cabem Pássaros (na Dom Quixote) e dois anos depois Debaixo de Algum Céu, com o qual venceu o Prémio LeYa, publicado na Leya. O seu 3.º romance foi O Fogo Será a Tua Casa (na Dom Quixote), este último sobre o conflito do Médio Oriente que entretanto reacendeu. É ainda autor de contos, por exemplo, Se Eu Fosse Chão (na Dom Quixote), de peças de teatro, como Autobiografia de um Lugar (no CITEC) e de livros infantis, como A Casa das Perguntas (na Minotauro)

Maria do Céu Patrão Neves é professora catedrática de ética da Universidade dos Açores, tendo-se especializado em Ética Aplicada e, particularmente, em Bioética.

Foi consultora da Presidência da República para a Ética da Vida. Foi Eurodeputada, entre 2009 e 2014. Tem assumido outras responsabilidades, no país e no estrangeiro, sendo actualmente Presidente do Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida, Vice-Presidente do Grupo Europeu de Ética para a Ciências e Novas Tecnologias, Perita de Ética da Comissão Europeia e Membro da Academia das Ciências de Lisboa.

É autora ou coordenadora de 37 livros, entres eles Bioética Simples (Verbo), A Origem da Ética em Portugal (Fronteira do caos) e O Admirável Horizonte da bioética (Glaciar). Coordenou uma série de 12 livros sobre Ética aplicada nas Edições 70.

Hoje vamos falar dos Cientistas de Pé, um projecto que esteve activo entre 2009 e 2014: cientistas que faziam espectáculos de stand-up comedy para divulgar ciência. 

Os Cientistas de Pé fizeram cerca de 40 espectáculos em cinco anos, por todo o país e no no final escreveram um livro com os textos dos espetáculos, publicado pela Gradiva, com o título “Toda a ciência (menos as partes chatas)”.

Os Cientistas de Pé foram 13, mas hoje temos cá três convidados:

A arqueóloga Leonor Medeiros, o biólogo Bruno Pinto e o biólogo marinho João Cruz.

O fim do mundo pode vir de uma ameaça cósmica, de um vírus, de supervulcões ou da estupidez humana. No livro O Fim do Mundo em Cuecas vários autores descrevem vários cenários para o fim do mundo. Entre eles, os nossos convidados. E também eu e o Carlos Fiolhais assinamos capítulos neste livro.

Hugo Van Der Ding, é locutor, criativo e cartunista, tendo uma biografia multifacetada. É responsável por personagens bastante populares, como a Criada Malcriada e Cavaca a Presidenta. É o autor do recente livro O Lixo na minha cabeça, na Oficina do Livro. Também é autor do podcast Vamos Todos Morrer, da Antena 3.

Alexandre Aibéo é doutorado em Astronomia pela Universidade do Porto e professor na Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Viseu, onde estuda o Vento Solar. Foi vencedor da primeira edição do FAMELAB Portugal - um concurso de comunicação de ciência. E é autor do livro 90% do caro leitor foi feito nas estrelas saído em 2016 na colecção Ciência Aberta da Gradiva. É ainda autor, em conjunto com o seu primo Pedro Aibéo, arquitecto, de Isto não é (Só) Matemática (publicado pela Quidnovi), um livro que segundo Nuno Markl deu sex-appeal à matemática.

O nosso convidado é professor de química orgânica da Universidade de Viena. Ganhou cerca de duas dezenas de prémios e distinções em vários países. Entre os quais o de cientista do ano na Austria, em 2018. Também é pianista e deu concertos em várias ocasiões, tendo-se destacado em concursos internacionais para pianistas amadores.

Desta vez não temos convidado, ou melhor, temos muitos convidados, que nos chegam na forma de livros. Vamos falar de sugestões de livros para o Natal, com 12 sugestões de livros recentes publicados em Portugal, todos eles sobre temas científicos.

A nossa convidada é Ana Raquel Nunes, professora na faculdade de medicina da Universidade de Warwick, no Reino Unido. É especialista nas ligações entre alterações climáticas e saúde. Tem dois mestrados, um em saúde pública, pela Universidade Nova de Lisboa, e outro em Alterações Climáticas e Sustentabilidade, pela Universidade de Lisboa. É doutorada pela Universidade de East Anglia, no Reino Unido, em Ciências Sociais do Ambiente. Tem uma experiência vasta na sua área, tendo sido, por exemplo, consultora da Organização Mundial de Saúde e colaborado com o Painel Internacional das Nações Unidas para as alterações climáticas.

A nossa convidada de hoje é Eugénia Cunha, professora catedrática do Departamento das Ciências da Vida na Universidade de Coimbra, especializada em Antropologia  Forense.

A nossa convidada de hoje é a economista da saúde Céu Mateus, professora de Economia da Saúde na Universidade de Lancaster, no Reino Unido. É doutorada em Economia da Saúde Pública, mestre em Política Social Europeia e licenciada em Economia.

A nossa convidada é uma médica e investigadora portuguesa que trabalha em Paris, onde vive desde 2007. A sua área tem sido a neurologia, com especialidade em neurociências cognitivas. A doença de Alzheimer preocupa-a muito e tem dado contribuições para o seu melhor conhecimento. Para além da prática médica e da investigação, é uma grande apreciadora de arte, sendo poetiza e fotógrafa.

O nosso convidado é Adriano Cerqueira, jornalista de ciência e produtor do programa 90 Segundos de Ciência, da Antena 1.

Nos últimos 10 anos tem-se dedicado à divulgação e comunicação de ciência desenvolvida em institutos de investigação e universidades portuguesas.

É licenciado em Ciências da Comunicação: Jornalismo, Assessoria e Multimedia, e mestre em Multimedia pela Universidade do Porto.

E é autor do recente livro “Eureka! As descobertas que mudaram a ciência”, publicado pela Desassossego, na colecção Eu Amo Ciência.

O nosso episódio de hoje é acerca de uma decisão recente do Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa que absolveu o químico e professor universitário aposentado da Universidade Nova de Lisboa Pedro Abreu de uma acusação de difamação apresentada pela médica “da verdade” Margarida Oliveira, uma das fundadoras do movimento auto-intitulado “Médicos pela Verdade”.

O que esteve em causa neste julgamento foram várias publicações de Pedro Abreu em 2020, nas quais desmontava e denunciava a desinformação propagada por Margarida Oliveira a propósito da pandemia de covid-19.

Margarida Oliveira é a médica que divulgou uma receita caseira e absurda para falsificar resultados dos testes de PCR, com o intuito de que estes dessem sempre resultados negativos, facto que levou a Ordem dos Médicos a aplicar-lhe uma sanção disciplinar de três meses de suspensão de atividade.

Para além deste facto particularmente gravoso, Margarida Oliveira propagandeou várias outras mensagens não só pseudocientíficas como danosas para a saúde pública, tomando uma atitude negacionista, que desvalorizou as vítimas da pandemia e desacreditou as medidas de prevenção, fazendo um uso abusivo da sua autoridade como médica.

A nutricionista Ana Carvalhas, é autora do blogue “Comer bem até aos 100” e dos livros “Emagrecer é...”, “Dieta para Sedentários” e, do mais recente “Enxaqueca”, os três publicados na Gradiva.

O nosso convidado é Bernardo Albuquerque Nogueira, um jovem químico que está a trabalhar no Instituto Ibérico de Nanotecnologia, em Braga. Completou recentemente o doutoramento em Química na Universidade de Coimbra, tendo trabalhado no Politécnico de Milão.

Tem realizado projectos próximos da indústria, e actualmente trabalha em questões relacionadas com a qualidade da água.

Muito recentemente o Bernardo publicou um livro, o seu primeiro livro, intitulado “A Ciência das coisas”, na Suricata Editora. É uma obra muito atraente para crianças, que pode ser encontrada na Wook e outros sítios do género.

O nosso convidado é Arlindo Oliveira, doutorado pela Universidade da Califórnia em Berkeley,  estudou Engenharia Electrotécnica e de Computadores no Instituto Superior Técnico, instituição de que já foi presidente.

Actualmente é professor do Instituto Superior Técnico, presidente do INESC – o Instituto de Engenharia de Sistemas e de Computadores, Vogal Não-Executivo do Conselho de Administração da Caixa Geral de Depósitos e Membro do Conselho Consultivo do Painel para a Ciência e Tecnologia do Parlamento Europeu.

Publicou vários livros, entre os quais «Mentes Digitais» na IST-Press e “Inteligência artificial” na Fundação Francisco Manuel dos Santos. O mais recente, saído há muito pouco tempo, tem como título “Ciência, Tecnologia e Sociedade”, publicado pela Guerra e Paz.

A nossa convidada é Manuela Grazina, investigadora principal e professora da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra onde dirige um laboratório de Bioquímica Genética, que ela própria fundou. Tem-se dedicado em particular ao estudo das mitocôndrias, as «fábricas da energia» nas nossas células, que guardam uma parte do nosso património genético.

O nosso convidado de hoje é  Jose Antonio Paixão, um dos físicos portugueses com maior número de artigos cientificos, que já são mais de 400. É professor da Universidade de Coimbra, onde coordena o Centro de Física da Universidade de Coimbra.

Concluiu o Doutoramento em 1994 pela Universidade de Coimbra, após ter realizado trabalho em França. Trabalha na área da Física da Matéria Condensada e Química Física. 

Recebeu o Prémio estímulo à Ciência da FCT. Tem desenvolvido intensa actividade pedagógica, incluindo a escrita de manuais escolares.

É o actual presidente da Sociedade Portuguesa de Física, uma sociedade que vai comemorar 50 anos em 2024.

No âmbito dessa sociedade tem impulsionado as Olimpíadas nacionais e Internacionais de Física, que motivam jovens para a aprendizagem da física

Vamos nesta edição do podcast sugerir leituras de Verão, 10 livros recentes publicados em Portugal e em português, todos eles sobre temas de ciência:

FÍSICA E ASTROFÌSICA

- Albert Einstein, «Os Diários de Viagem de Albert Einstein », Gradiva

- Charles Seife, «Stephen Hawking. Como vender uma celebridade científica», Kathartika

- Suzie Sheehy, «A Matéria de Tudo. Doze experiências que mudaram o mundo», Temas e Debates

- Brian Cox & Jeff Forshaw, «Buracos Negros», Desassossego

- Emiliano Ricci, «Guia Turístico do Universo», Desassossego

- Jorge Cham e Daniel Whiteson, «Perguntas Frequentes sobre o Universo», Desassossego

MEDICINA

- Henry Marsh, « E por fim, Questões de vida e de morte», Lua de Papel

- Colecção Pela Sua Saúde - Ciência Alimentar, FFMS (5 livros)

INFORMÀTICA

- Kai-Fu Lee e Chen Quifan, «Inteligência Artificial 2041. Dez visões para o nosso futuro», Relógio d'Água

- Paulo Nuno Vicente, «Os algoritmos e nós», FFMS

O médico José Pedro Boléo-Tomé é Assistente Graduado de Pneumologia no Hospital Prof. Doutor Fernando Fonseca e Pneumologista no Hospital Lusíadas Amadora. Tem-se dedicado às áreas de Pneumologia de Intervenção e Cessação Tabágica. Já desempenhou várias funções na Sociedade Portuguesa de Pneumologia. Uma delas foi a coordenação da Comissão de Tabagismo, entre 2016 e 2018.

Jorge Buescu é licenciado em Física pela Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa), mestre em Matemática pelo Instituto Superior Técnico e doutorado em Matemática pela Universidade de Warwick, no Reino Unido. Foi durante vinte anos Professor no Técnico e é desde 2007 Professor Associado Agregado na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa. 

Entre 2012 e 2018 foi primeiro Vice-Presidente e depois Presidente da Sociedade Portuguesa de Matemática.  Em 2021 foi eleito  vice-presidente da European Mathematical Society. Recebeu o Prémio Rómulo de Carvalho de Investigação e Divulgação, foi nomeado Membro Correspondente da Ordem dos Engenheiro,

Membro de Honra da Real Sociedad Matemática Española e Sócio Correspondente da Academia de Ciências de Lisboa.

A par da investigação científica tem desenvolvido também intensa actividade de divulgação científica. «Amor, Matemática e outros portentos» é o seu sétimo livro na colecção «Ciência Aberta» da Gradiva.  Aquilo de que gosta mesmo de fazer é de contar histórias para quem gosta de as ouvir.

A presença crescente de seres humanos no espaço levanta novas questões médicas.

O nosso convidado é Edson dos Santos Oliveira, médico neurocirurgião no Hospital CUF Descobertas e professor na Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, onde criou o Centro de Estudos de Medicina Aeroespacial - que é o primeiro do país e um dos poucos na Europa, focado na investigação clínica. Foi ainda recentemente distinguido pelo Expresso como um dos portugueses que vai marcar o futuro.

Quase toda a matéria do Universo é constituída por dois elementos químicos, hidrogénio e hélio, que são também os dois mais leves. O hélio é um gás nobre, bastante inútil, no que à vida diz respeito. Mas o hidrogénio faz parte de todos os seres vivos, basta pensar que a água é H20, dois átomos de hidrogénio e um de oxigénio. Mas, para além destes dois, há outros elementos nos seres vivos, como o carbono,  o azoto, o cálcio, o fósforo, etc.. Mas estes e outros elementos químicos de que é feita a vida não existem apenas na Terra, o planeta onde há uma variedade de formas de vida, na qual nos incluimos. Mas existirá vida noutras locais do Universo. Onde e como a devemos procurar?

 A nossa convidada de hoje é a astrobióloga Zita Martins, licenciada em Química, pelo Instituto Superior Técnico, da Universidade de Lisboa, e doutorada em 2007 na Universidade de Leiden, nos Países Baixos. Foi investigadora bolseira da Royal Society no Imperial College de Londres. Depois de um brilhante percurso internacional regressou ao nosso país, sendo actualmente professora no Instituto Superior Técnico.

Tem sido investigadora em várias missões da NASA e da Agência Espacial Europeia.

É ainda consultora  do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

A adesão de Portugal ao CERN em 1986 – o famoso Laboratório Europeu de Física de Partículas, que tem um acelerador de partículas que se estende por um túnel circular com 27 quilómetros – foi um marco na da Física de Partículas no nosso país. Muito se cresceu: se há três ou quatro décadas pouco de falava de investigação científica em Portugal, hoje está longe de ser esse o caso.

 A nossa convidada é Margarida Nesbitt Rebelo,  Investigadora Principal da Universidade de Lisboa, trabalha no Instituto Superior Técnico onde iniciou a sua carreira em 1984, tendo lá concluído o doutoramento em 1989. É, desde há quatro anos, Presidente do Centro de Física Teórica de Partículas.

O negacionismo da ciência já não é novidade, mas pode-se dizer que nos apanhou de surpresa. É claro que os valores da ciência foram há muito questionados por muitos que preferem uma visão diferente do mundo. Pode-se dar um exemplo, o caso da jovem escritora Mary Shelley, que na sua obra clássica Frankenstein aponta o dedo aos riscos do conhecimento. Mas o que está hoje em causa não é isso. Nas palavras da filósofa da ciência Naomi Oreskes:

"enquanto fonte de autoridade acerca de questões empíricas, a ciência foi amplamente aceite na cultura ocidental recente, o que, em parte, constitui a razão de o actual estado de coisas parecer tão chocante a tantos de nós.”

Tal como Naomi Oreskes e outros filósofos da ciência, também o nosso convidado escreveu um livro acerca do negacionismo. Ele é Guilherme Fonseca, humorista, argumentista e apresentador. Faz stand-up commedy e foi autor de vários programas de televisão de sucesso, como Tabu, Donos Disto Tudo e 5 para a meia noite. Actualmente faz parte da equipa do programa Isto é Gozar com Quem Trabalha, da SIC.

É bem conhecido o caso de Galileu, condenado pela Inquisição, mas hoje a coexistência entre religião e ciência é bem mais pacífica. Há padres que foram também cientistas, como o Padre Georges Lemaître, um dos criadores da teoria do Big Bang.

A pergunta persiste em muitas mentes: existe um Deus que criou o mundo? Será que o conhecimento da ciência nos aproxima ou nos afasta de Deus?

O nosso convidado é João Carlos de Matos Paiva, da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, onde é professor Associado no Departamento de Química e Bioquímica e membro da Unidade de Ensino das Ciências.

O seu principal interesse situa-se nas relações da ciência com outras áreas do saber - com a poesia, a filosofia, a religião, a divulgação, a sociologia e a educação. Coordena o núcleo de "Educação, Comunicação de Ciência e Sociedade " do Centro de Investigação em Química da Universidade do Porto

É autor de cerca de 30 livros, uma vintena dos quais são manuais escolares.

Entre eles está o livro «Educação, Ciência e Religião» (Gradiva), em colaboração com um padre jesuíta. Tem actualmente um programa na TSF chamado «Que mundo, meu Deus?», em que, como católico, dialoga com uma judia e com um muçulmano.

A ciência não existe sem a comunicação entre cientistas. A ciência moderna só foi possível depois da invenção da prensa tipográfica. Mas o papel da ciência no mundo depende da sua divulgação mais ampla. Galileu, escreveu o seu Diálogo sobre os Dois Grandes Sistemas do Mundo em italiano, para ser compreendido por pessoas comuns e não apenas por outros sábios.

Tal como Galileu, a nossa convidada de hoje, procura tornar a ciência acessível a não especialistas. Joana Lobo Antune é Licenciada em Ciências Farmacêuticas pela Universidade de Lisboa e doutorada em Química Orgânica pela Universidade de Santiago de Compostela, em Espanha. Trabalhou também pela Universidade de Pádua, em Itália. Entre 2017 e 2020, foi presidente da SciCom Pt (Rede de Comunicação e Ciência em Portugal). 

É hoje professora de Comunicação de Ciência, na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, e também coordenadora de comunicação do Instituto Superior Técnico.

É ainda uma das coordenadoras do programa de rádio “90 Segundos de Ciência”, da Antena 1.

Hoje temos um convidado muito especial, o físico Manuel Paiva, que é o belga mais português de sempre.

Nasceu no Porto emigrou para o pais de Tintim em 1964, onde fez toda uma carreira a trabalhar na área da Física Médica. Interessou-se por problemas de respiração que interessam aos astronautas, tendo trabalhado em vários projectos da NASA e da ESA, as agências espaciais norte-americana e europeia. Esteve durante muitos anos afastado de Portugal, mas protagonizou depois vários encontros de cientistas portugueses no estrangeiro.

É o autor de vários livros, incluindo «Como respiram os astronautas?» (Gradiva) e de «Portugal e o Espaço» (na Fundação Francisco Manuel dos Santos).

Acaba de sair na Imprensa Nacional um seu extraordinário livro intitulado “Memórias de um Cientista”, com o subtítulo «De Estalinegrado à covid-19 ou a luta entre a Ciência e as trevas». Vamos falar com o autor do livro, que está jubilado há alguns anos, esperando aguçar o apetite para a sua leitura.

Os sons musicais são ondas que se propagam no ar. O nosso convidado é João Paulo André, doutorado na Universidade de Basileia, na Suíça, e professor de Química na Universidade do Minho. Autor do livro “Poções e Paixões – Química e Ópera” (Gradiva), já em 2.ª edição, que a Biblioteca Nacional de Portugal produziu em braille e em versão áudio para invisuais, tem mantido intensa actividade de divulgação da ciência. O seu segundo livro «Irmãs de Prometeu. A Química no Feminino» saiu há pouco (também na Gradiva). Além da sua actividade académica na área da química, destaca-se o seu forte interesse pela música e pela literatura. Tem participado como comentador de ópera na Antena 2.