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CHAM Talks, um podcast para ouvir ciência

CHAM Talks, um podcast para ouvir ciência

By Cham Talks

CHAM Talks, um podcast para ouvir ciência apresenta entrevistas a investigadores do CHAM-Centro de Humanidades (NOVA FCSH-UAc) sobre temas relacionados com o seu trabalho e, em muitos casos, a sua ligação à sociedade contemporânea. O que se descobre nas Humanidades?
Acompanhe-nos e ficará a par.
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Margarida Rendeiro: Literatura escrita por mulheres ciganas, voz própria e distanciamento de estereótipos

CHAM Talks, um podcast para ouvir ciênciaDec 01, 2022

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Débora Dias: Paulo Freire e a Revolução portuguesa

Débora Dias: Paulo Freire e a Revolução portuguesa

O pedagogo e pensador brasileiro Paulo Freire foi convidado a visitar Portugal pela primeira vez em 1971, mas o visto de entrada foi recusado, passando a ter inclusive um dossier na polícia política portuguesa, que inclui documentos enviados pela ditadura brasileira. Em Outubro de 1974, chega finalmente a Portugal, participando em actividades em Lisboa e Coimbra. Débora Dias, investigadora do CHAM-Centro de Humanidades, conversa sobre a circulação da sua obra em Portugal Continental e nos Açores durante a ditadura, a aplicação do seu método de alfabetização em várias regiões do país e a sua relação com a luta anticolonial em África, em particular com o angolano MPLA. Débora Dias fala ainda da aplicação em Portugal das suas práticas pedagógicas e da actualidade do pensamento de Freire. A entrevista é conduzida por Maria Clara Leal. Débora Dias é investigadora integrada do CHAM-Centro de Humanidades, colaboradora do Centro de Estudos Interdisciplinares do Século XX (CEIS20) da Universidade de Coimbra (UC). Doutorada em História Contemporânea e mestre em História Social, investiga as relações culturais entre Brasil e Portugal no século XX, história editorial, história social da leitura e história dos intelectuais e das instituições. A série «50 Anos do 25 de Abril» é uma parceria do CHAM - Centro de Humanidades (NOVA FCSH—UAc), do Museu do Aljube – Resistência e Liberdade e da Comissão Comemorativa dos 50 anos do 25 de Abril. No próximo episódio, Federica Lupati fala sobre a música de intervenção antes e depois do 25 de Abril e a sua ligação com o rap das décadas seguintes.

Apr 19, 202432:16
João Pedro Ferreira: Salgueiro Maia, seu jornal e o poder do humor

João Pedro Ferreira: Salgueiro Maia, seu jornal e o poder do humor

O Capitão de Abril Salgueiro Maia entrou para a Academia Militar em 1964, começou a estudar Antropologia em 1969 em plena Crise Académica e participa na Guerra Colonial entre 1967 e 1973. Estas experiências e ambientes marcaram a sua evolução intelectual e política? João Pedro Ferreira conversa sobre estes e outros episódios da vida de Salgueiro Maia, recuperando seus escritos, nomeadamente no jornal da companhia que comanda na Guiné, Os Progressistas, num projecto em colaboração com a Biblioteca do Exército. João Pedro Ferreira aborda também os actos subversivos dos militares durante a guerra, a importância do humor e o seu impacto corrosivo no sistema. A entrevista é conduzida por Isabel Araújo Branco. João Pedro Ferreira é investigador integrado do CHAM-Centro de Humanidades, doutorado em História e Teoria das Ideias, com a tese «Castigar a rir. O humor na imprensa periódica em Portugal (1797-1835)». Mestre em História Cultural e Política, é autor de vários livros, capítulos e artigos, tendo recebido financiamentos da FCT e da FLAD. É ainda jornalista, colaborando com diversas publicações. A série «50 Anos do 25 de Abril» é uma parceria do CHAM - Centro de Humanidades (NOVA FCSH—UAc), do Museu do Aljube – Resistência e Liberdade e da Comissão Comemorativa dos 50 anos do 25 de Abril. No próximo episódio, Débora Dias fala sobre Paulo Freire e a Revolução Portuguesa. O indicativo sonoro de «CHAM Talks, um podcast para ouvir ciência» utiliza «Bike Sharing To Paradise», de Dan Bordan (sem direitos de autor).

Apr 12, 202440:19
João Luís Lisboa: Formas de censura e liberdade de criar e publicar

João Luís Lisboa: Formas de censura e liberdade de criar e publicar

Censurar é uma forma de exercer o poder e, em Portugal, esse tipo de controlo terminou oficialmente com a Revolução dos Cravos, em 1974. Como deixaram os jornais de enviar as provas para a revisão dos censores da Comissão de Exame Prévio logo no dia 25 de Abril? Este é o ponto de partida de uma conversa com João Luís Lisboa sobre desobediência e censura, as diferentes formas de censura durante a ditadura (com a censura prévia para jornais e teatro e a censura após a publicação dos livros), as estratégias das editoras, jornalistas, actores e encenadores para evitar a censura, a inevitável autocensura nos criadores, a liberdade de escrever exclusivamente na imprensa clandestina e formas indirectas de censura no século XXI. A entrevista é conduzida por Teresa Lacerda.

João Luís Lisboa é investigador integrado do CHAM-Centro de Humanidades, especialista em questões de cultura no Portugal moderno, em particular a relação entre formas e significados na comunicação do século XVIII. Dedica-se também a questões de conhecimento e metodologia na História e Teoria das Ideias. Actualmente é director deste centro de investigação.

A série «50 Anos do 25 de Abril» é uma parceria do CHAM - Centro de Humanidades (NOVA FCSH—UAc), do Museu do Aljube – Resistência e Liberdade e da Comissão Comemorativa dos 50 anos do 25 de Abril.


No próximo episódio, João Pedro Ferreira fala sobre o Capitão de Abril Salgueiro Maia, o seu jornal e o poder do humor.


O indicativo sonoro de «CHAM Talks, um podcast para ouvir ciência» utiliza «Bike Sharing To Paradise», de Dan Bordan (sem direitos de autor).

Apr 05, 202414:26
João Alves Dias e João Costa: autores portugueses impressos no estrangeiro no século XVI

João Alves Dias e João Costa: autores portugueses impressos no estrangeiro no século XVI

Fazemos uma viagem ao século XVI com João Alves Dias e João Costa para acompanhar as suas descobertas sobre os autores portugueses então editados fora de Portugal, em português e outras línguas, em particular na República de Veneza, Lyon, Salamanca, Antuérpia e Colónia. Serão cerca de quatro mil livros, além de outros tipos de textos. Trata-se de obras de medicina, catecismo e sermões, literatura, filosofia, direito, matemática, gramática e histórias de Portugal, entre outros. Filipe Dias, Fernão Mendes Pinto e Aquiles Estácio são exemplos entre os muitos autores impressos no estrangeiro. A entrevista é conduzida por José Alberto Catalão.

João Alves Dias é investigador integrado do CHAM e Professor Auxiliar com agregação na NOVA FCSH. Director da revista Fragmenta Historica, os seus interesses de investigação centram-se na história do livro impresso, história de Portugal Moderno, a Paleografia e Diplomática. João Costa é doutorado em História Medieval e investigador integrado do CHAM. É investigador contratado dos National Library and Archives de Abu Dhabi.

No próximo episódio, iniciamos a série ««50 Anos do 25 de Abril», um ciclo de quatro episódios dedicado à Revolução portuguesa. No dia 5 de Abril, João Luís Lisboa fala sobre formas de censura e liberdade de criação e publicação.

 

O indicativo sonoro de «CHAM Talks, um podcast para ouvir ciência» utiliza «Bike Sharing To Paradise», de Dan Bordan (sem direitos de autor).


Mar 22, 202440:41
Teresa Lousa: Ecofeminismo e a relação da arte com a sociedade  

Teresa Lousa: Ecofeminismo e a relação da arte com a sociedade  

O ecofeminismo, as suas origens e princípios e a sua ligação à actual emergência climática são explicados por Teresa Lousa num episódio, em que se fala sobre a tentativa de superar opressões, a relação da arte com a sociedade, o estímulo ao pensamento crítico e as principais protagonistas desta corrente. Teresa Lousa aborda ainda a perspectiva interseccional e a ligação do ecofeminismo com as causas LGBTQIAPN+ e dos povos indígenas. A entrevista é conduzida por Maria Clara Leal.

Teresa Lousa é Professora Auxiliar na Faculdade de Belas Artes (Uni. Lisboa) e investigadora integrada do CHAM-Centro de Humanidades. É doutorada em Ciências da Arte e do Património. As suas áreas de especialidade são o pensamento artístico, a relação entre arte e género, arte terapia, património e as imaginários artísticos.

No próximo episódio,

 

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Mar 08, 202429:43
«Breve introdução a…»: As guerras luso-neerlandesas do século XVII, por André Murteira

«Breve introdução a…»: As guerras luso-neerlandesas do século XVII, por André Murteira

O século XVII ficou marcado pelas guerras entre os Países Baixos e Portugal e envolveu territórios e populações da América, Ásia e Europa. Como começou este conflito e o que estava em causa? Qual a situação do império português antes do conflito e que alterações sofreu durante este período? Qual a importância destas guerras para a História de Portugal? O historiador André Murteira responde. A conversa é conduzida por Isabel Araújo Branco.


André Murteira é investigador integrado do CHAM-Centro de Humanidades. Actualmente desenvolve o projecto «Ships and War: Dutch and Iberian War Fleets in the Dutch-Iberian Global Conflict (1600-1669)», financiado pela FCT. É doutorado em História (UNL), com a tese A navegação portuguesa na Ásia e na rota do Cabo e o corso neerlandês, 1595-1625, e mestre em História dos Descobrimentos e da Expansão Portuguesa (UNL), com a dissertação A Carreira da Índia e o corso neerlandês (1595-1625), publicada em 2012. Outros dos seus trabalhos estão disponívei em periódicos como Journal of Military HistoryTijdschrift voor ZeegeschiedenisAnálise Social, e Anais de História de Além-Mar. Editou com Hélder Carvalhal e Roger Lee de Jesus o livro The First World Empire: Portugal, War and Military Revolution (2021).


No próximo episódio, Teresa Lousa fala sobre práticas artísticas ecofeministas.


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Feb 23, 202415:16
António Camões Gouveia: A cultura material do campo religioso

António Camões Gouveia: A cultura material do campo religioso

O que são as relíquias e porquê estudá-las? Este é o ponto de partida da entrevista com António Camões Gouveia sobre as múltiplas interpretações e camadas de significado de uma relíquia, a importância da memória individual e colectiva, a existência de relíquias independentemente da «santidade» do seu dono, a possibilidade de criar um relicário individual e a distinção entre a devoção institucional e a devoção popular, numa conversa em que se recorre a exemplos associados a Santo António, Santo Inácio de Loiola, Santa Rita de Cássia, Sousa Martins, Madre Luiza Andaluz e Padre Cruz. A entrevista é conduzida por Beatriz Freitas.
António Camões Gouveia é Professor na NOVA FCSH e investigador integrado do CHAM-Centro de Humanidades. Entre 1991 e 1997 colaborou com a Comissão Nacional para a Comemoração dos Descobrimentos Portugueses. Foi coordenador científico da Fundação Robinson entre 2004 e 2013 e Director do Museu de Évora entre 2010 e 2012. O seu trabalho centra-se nas mentalidades, ideias e práticas sociais modernas, em particular a história da nobreza, dos saberes, da vida religiosa e do quotidiano. Em confluência teórico-prática junta-lhes a programação de cultura, nas dimensões do património, da museologia e da mediação.
No próximo episódio, André Murteira fala sobre as guerras luso-neerlandesas do século XVII.
                     
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Feb 09, 202443:47
 «Breve introdução a…»: O lixo marinho na época moderna, por Ana Catarina Garcia

«Breve introdução a…»: O lixo marinho na época moderna, por Ana Catarina Garcia

O que se entende por lixo marinho para épocas anteriores à industrialização? Como se podem analisar os níveis de toxicidade marinha para essa época? Quais eram então os principais agentes causadores do lixo marinho? De que forma as práticas do quotidiano poderiam ser nocivas para o ambiente e para as pessoas? Para quê analisar a governança dos espaços portuários ao procurar entender esta questão? A arqueóloga Ana Catarina Garcia tira todas as dúvidas. A conversa é conduzida por Isabel Araújo Branco.

Ana Catarina Garcia é doutorada em História e mestre em História Insular e Atlântica. É investigadora integrada do CHAM-Centro de Humanidades. É investigadora do Projecto ERC «Synergy Grant 4-OCEANS (2021-2027), Human History of Marine Life Extraction, Knowledge, Drivers and Consumption of Marine resources». Integra ainda o projecto CONCHA «The construction of early modern global Cities and oceanic networks in the Atlantic» e o projecto H-WHALE «A chronology of change: an Heritage network of historical WHALing in Europe». Em breve integrará o projecto «TRASH-Human waste and marine debris during the first globalization», no âmbito do Concurso de Estímulo ao Emprego Científico da FCT.

No próximo episódio, António Camões Gouveia fala sobre a cultura material do campo religioso.

 

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Jan 26, 202417:31
 António Martins Gomes: A morte na literatura portuguesa oitocentista

António Martins Gomes: A morte na literatura portuguesa oitocentista

Quais as grandes mudanças na imagem da morte registadas pela literatura no século XIX? Por que motivo os cemitérios se tornaram espaços tão inspiradores à criação artística? Em que medida o tema da morte na literatura é influenciado pelo romantismo? Estas são algumas das questões abordadas nesta conversa com António Martins Gomes sobre a morte na literatura portuguesa oitocentista, nomeadamente na obra de Almeida Garrett, Camilo Castelo Branco, Eça de Queiroz, Fialho de Almeida e Cesário Verde. A entrevista é conduzida por Alina Baldé.

António Martins Gomes é Professor Auxiliar da Universidade NOVA de Lisboa e investigador integrado do CHAM-Centro de Humanidades. Desde 1987, publica textos sobre literatura e arte em publicações periódicas e obras colectivas, destacando-se a organização da Antologia Crítica de Cultura Portuguesa Oitocentista (2016) e a colaboração na ERNIE - Encyclopedia of Romantic Nationalism in Europe (2018). Os seus actuais interesses de investigação incidem sobre a cultura portuguesa do século XIX.

No próximo episódio, conversamos com Ana Catarina Garcia sobre o lixo marinho na época moderna na rubrica «Breve introdução a…».

 

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Jan 12, 202442:34
«Breve introdução a…»: O corpo, por Adelino Cardoso

«Breve introdução a…»: O corpo, por Adelino Cardoso

«CHAM Talks, um podcast para ouvir ciência» dá início a uma nova rubrica, «Breve introdução a…», que pretende explicar de forma sucinta alguns conceitos importantes. Começamos por conversar com Adelino Cardoso sobre o conceito de «corpo». O que significa «corpo»? O corpo humano é uma espécie de fábrica? A visão organicista do corpo mantém-se válida hoje em dia? A conversa é conduzida por Isabel Araújo Branco.

Adelino Cardoso é doutorado em Filosofia pela Universidade de Lisboa e investigador integrado do CHAM-Centro de Humanidades. Os seus interesses de investigação distribuem-se pela filosofia moderna, pensamento português, fenomenologia, história e filosofia da medicina. Coordenou projectos interdisciplinares articulando filosofia, medicina, história e literatura. É investigador do projecto de Medicina Narrativa do CEAUL, desde a sua fundação (2011). É membro da Comissão de Ética do Instituto Português de Oncologia e do Conselho de Ética da Fundação Champalimaud.

No próximo episódio, João Muralha falará sobre vestígios da pré-História no Alto Douro.

                                              

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Dec 29, 202314:36
João Muralha: Arqueologia, sítios e paisagens no Alto Douro

João Muralha: Arqueologia, sítios e paisagens no Alto Douro

João Muralha explica como as incríveis descobertas arqueológicas realizadas nos últimos 25 anos no Alto Douro conduziram a alterações dos paradigmas interpretativos da arqueologia sobre os recintos murados do terceiro milénio a.C. Numa conversa sobre a forma como os humanos de então se relacionavam com a paisagem, João Muralha fala sobre o conceito de colina monumental e como este se aplica a Castanheiro do Vento, a implantação dos sítios e a forma como as várias gerações que os habitam e a complexidade e diversidade das construções encontradas. A conversa é conduzida por Joana Rodrigues.

João Muralha é Professor Auxiliar na NOVA FCSH e investigador integrado do CHAM-Centro de Humanidades. Doutorado em Arqueologia, faz investigação arqueológica no Alto Douro, Beira Interior e Trás-os-Montes. Investiga arqueologia da paisagem, as arquitecturas pré-históricas e a relação dos humanos com os territórios.

No próximo episódio, conversaremos com Adelino Cardoso sobre o conceito de corpo na rubrica «Breve introdução a…».

 

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Dec 15, 202321:19
«Breve introdução a…»: A morte no Antigo Egipto, por Inês Torres

«Breve introdução a…»: A morte no Antigo Egipto, por Inês Torres

Como é encarada a morte no Antigo Egipto? Essa perspectiva era igual para todas as classes sociais? Os antigos egípcios pensavam ser possível atingir a imortalidade? Porque mumificavam os corpos dos defuntos? Para que servia o Livro dos Mortos? Regressamos à rubrica «Breve introdução a…», desta vez com Inês Torres. A conversa é conduzida por Isabel Araújo Branco.

Inês Torres é doutorada em Egiptologia pela Universidade de Harvard e investigadora integrada do CHAM-Centro de Humanidades. Licenciada em Arqueologia (Uni. Lisboa) e mestre em Egiptologia (Uni. Oxford), É directora do projecto arqueológico The Mastaba of Akhmerutnisut Documentation Project, em Guiza, no Egipto. É fundadora e coordenadora do projecto de divulgação do Antigo Egipto no Instagram @umaegiptologaportuguesa e participa no podcast «Três Egiptólogues Entram Num Bar», duas iniciativas que visam divulgar os resultados da investigação desta área junto de um público geral. A sua investigação prende-se com a análise do túmulo egípcio enquanto espaço social, pretendendo entender como o espaço tumular influenciava as narrativas de memorialização do defunto e a perpetuação da sua memória.

No próximo episódio, João Muralha falará sobre vestígios da pré-História no Alto Douro.

 

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Dec 01, 202311:42
Ana Cristina Correia Gil: A imagem de Portugal através da literatura

Ana Cristina Correia Gil: A imagem de Portugal através da literatura

A imagem de Portugal através da literatura é o ponto de partida para uma conversa com Ana Cristina Correia Gil, no primeiro episódio da segunda série de «CHAM Talks, um podcast para ouvir ciência». Nesta entrevista fala-se sobre a relação entre a literatura e a construção das identidades nacionais, a distinção entre os universos ficcionais e a realidade, mitos nacionais e a imagem que os portugueses têm sobre si próprios, abordando autores como Camões, Eça de Queirós, Teixeira de Pascoais, José Saramago, Mário de Carvalho, Dulce Maria Cardoso e Valter Hugo Mãe. A entrevista é conduzida por Alina Baldé.

Ana Cristina Correia Gil é Professora Associada da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas (Departamento de Línguas, Literaturas e Culturas) da Universidade dos Açores, investigadora integrada do CHAM e colaboradora do Centro de Investigação Joaquim Veríssimo Serrão. Trabalha sobre a Cultura e a Literatura Portuguesas, a Identidade Nacional e os Estudos Insulares. Publicou a obra A identidade nacional na literatura portuguesa. De Fernão Lopes ao fim do século XIX (2015, edição CHAM) e publica regularmente artigos e capítulos de livros. Em 2014, ganhou o Prémio Centro de Investigação Joaquim Veríssimo Serrão com o ensaio «Diferentes perspetivas sobre a identidade nacional: o caso português».

No próximo episódio, inauguramos a rubrica «Breve introdução a…», que pretende explicar de forma sucinta alguns conceitos importantes. Conversaremos com Adelino Cardoso sobre o conceito de «corpo».

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Nov 17, 202340:14
«Breve introdução a…»: Preservação digital, por Paula Ochôa

«Breve introdução a…»: Preservação digital, por Paula Ochôa

Na sua segunda temporada, «CHAM Talks, um podcast para ouvir ciência» dá início a uma nova rubrica, «Breve introdução a…», que pretende explicar de forma sucinta alguns conceitos importantes. Começamos por conversar com Paula Ochôa sobre o conceito de preservação digital. O que caracteriza este conceito? Porque é cada vez mais importante para os centros de investigação? Quais os principais desafios no futuro? Qual o papel dos investigadores?  A conversa é conduzida por Isabel Araújo Branco.
Paula Ochôa coordena a linha temática «Paradigma digital» do CHAM-Centro de Humanidades. Professora Auxiliar da NOVA FCSH, aí coordena o mestrado em Património e co-coordena o mestrado em Gestão e Curadoria de Informação. Foi bibliotecária durante mais de 30 anos, tendo-se especializado na área da gestão da informação. Fez a maior parte da sua carreira na Biblioteca Nacional de Portugal e na Secretaria Geral do Ministério da Educação, onde foi Diretora de Serviços de Informação e Documentação.No próximo episódio, Ana Cristina Correia Gil falará sobre a imagem de Portugal através da literatura.
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Nov 03, 202308:60
Isabel Soares de Albergaria: Casas senhoriais e jardins históricos em Portugal

Isabel Soares de Albergaria: Casas senhoriais e jardins históricos em Portugal

«A casa nobre não é um produto de mercado, como hoje. É algo muito mais permanente e simbólico. Antes de ser um edifício, a casa é um nome, uma linhagem, um conjunto de bens fundiários e de capital simbólico», explica Isabel Soares de Albergaria no último episódio da primeira série de «CHAM Talks, um podcast para ouvir ciência». Na conversa, fala-se sobre a relação entre a casa nobre e o jardim no contexto moderno do Ocidente, a concepção milenar da noção de jardim como espaço separado das áreas urbanas e rurais, a relação com a imagem do éden perdido, as mudanças no fim do Antigo Regime, as características genéricas dos 225 jardins históricos portugueses e as actuais perspectivas inovadoras sobre o estudo dos jardins. A entrevista é conduzida por José Alberto Catalão.

Isabel Soares de Albergaria é investigadora integrada do CHAM e Professora Auxiliar da Universidade dos Açores. Doutorada em Arquitectura pela Universidade Técnica de Lisboa (2012), é mestre em Historia da Arte pela FCSH-UNL (1998). É vice-presidente da Associação Portuguesa dos Jardins Históricos. É membro de CITAR (Uni. Católica do Porto). Foi membro não votante do ICOMOS-IFLA (UNESCO) para o painel de Paisagens Culturais desde agosto de 2009 e membro votante do mesmo organismo desde 2016. Tem desenvolvido estudos sobre a arquitectura doméstica (urbana e rural) e história da paisagem da Idade Moderna e Contemporânea, particularmente no contexto da Macaronésia (Açores, Madeira, Canárias e Cabo Verde).

No Outono de 2023 retomamos «CHAM Talks, um podcast para ouvir ciência» com mais conversas sobre temas relacionados com as humanidades e as ciências sociais. Até lá!

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Jun 30, 202343:33
Patrícia Carvalho: Quando os barcos se afogam…

Patrícia Carvalho: Quando os barcos se afogam…

«Quando os barcos se afogam…»: este é o ponto de partida para uma conversa com Patrícia Carvalho sobre arqueologia dos navios. Os naufrágios são depósitos não intencionais de materiais que permitem aos arqueológos estudar a sociedade que construiu e utilizou as embarcações. Os materiais encontrados contam muito sobre a vida a bordo e os naufrágios não se esgotam na água e nas costas, explica Patrícia Carvalho. Exemplo disso são os cemitérios de náufragos, os acampamentos temporários de sobreviventes, objectos de oferendas, rituais e mitos. A entrevista é conduzida por Teresa Lacerda.

Patrícia Carvalho é investigadora integrada do CHAM, participado actualmente no Projecto 4-OCEANS. Arqueológa de profissão, é mestre em História e Arqueologia dos Descobrimentos e da Expansão Portuguesa com uma dissertação sobre «Estaleiros Navais na Índia Portuguesa (1595-1630)».

No próximo episódio, Isabel Albergaria fala sobre casas senhoriais e jardins históricos em Portugal.

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Jun 16, 202313:20
Susana Goulart Costa: alimentação e religiosidade

Susana Goulart Costa: alimentação e religiosidade

É possível relacionar hábitos alimentares e práticas religiosas e espirituais? Susana Goulart Costa mostra-nos que sim e conversa sobre a história da alimentação na Macaronésia (Canárias, Cabo Verde, Madeira e Açores). Um dos casos referidos é o do culto ao Espírito Santo e a sua ligação ao isolamento das ilhas, às erupções vulcânicas e aos tremores-de-terra. Susana Goulart Costa fala-nos também sobre o aumento exponencial do consumo de açúcar no período da expansão marítima e as diferenças entre os ingredientes dos pratos do continente e das ilhas, entre outros temas. A entrevista é conduzida por José Alberto Catalão.

Susana Goulart Costa é Professora Associada com Agregação na Universidade dos Açores e investigadora integrada no CHAM-Centro de Humanidades. É doutorada em História pela Universidade dos Açores. Tem como áreas de interesse História Religiosa e Património Cultural. Participa no projecto «Taste Azores Sustainable Tourism Experiences», desenvolvido pelo Centro de Estudos de Economia Aplicada do Atlântico e pelo CHAM – Açores.

No próximo episódio, Patrícia Carvalho fala sobre o estudo dos naufrágios e a arqueologia subaquática em Portugal.

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Jun 02, 202339:27
Hervé Baudry: as humanidades digitais na compreensão da censura e da Inquisição

Hervé Baudry: as humanidades digitais na compreensão da censura e da Inquisição

«Comemorar um poeta legalmente assassinado – como António José da Silva, o «Judeu» – é comemorar todos os legalmente assassinados e todos os legalmente injustiçados da História», comenta Hervé Baudry em entrevista sobre a utilização de novas tecnologias na transcrição e compreensão de textos censurados pela Inquisição, em particular no projecto TraPrInq. Numa conversa que cruza vários séculos, Hervé Baudry diferencia a micro e a macrocensura e reflecte sobre a utilidade das humanidades digitais e a actual pressão para se eliminar ou esconder partes de obras literárias, pinturas, esculturas ou fotografias de forma a que se adeqúem à sociedade do século XXI. A entrevista é conduzida por Alina Baldé.

Hervé Baudry é Investigador Integrado do CHAM-Centro de Humanidades. Professor em vários países entre 1982 e 2008, desenvolveu o seu doutoramento sobre literatura francesa renascentista (Uni. Paris Nanterre, 1989). A sua investigação tem como foco a censura no Sul da Europa durante a Idade Moderna, a história da medicina, a história do livro e a literatura francesa contemporânea.

No próximo episódio, Susana Goulart Costa fala sobre alimentação e religiosidade.


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May 19, 202332:24
Silvana Roque de Oliveira: os indicadores bibliométricos e a nova perspectiva europeia da avaliação da ciência

Silvana Roque de Oliveira: os indicadores bibliométricos e a nova perspectiva europeia da avaliação da ciência

Todas as ciências devem ter o mesmo tipo de avaliação? Que desvantagens tem para as Ciências Sociais e Humanas a avaliação quantitativa com base na Bibliometria? Silvana Roque de Oliveira reflecte sobre os bons e maus usos dos indicadores bibliométricos ao longo do tempo até à actual proposta europeia de reforma da avaliação da ciência lançada pela CoARA. E mostra que o caminho passa por uma avaliação essencialmente qualitativa, que reconheça e valorize os diferentes contributos científicos, complementada pela observação responsável de indicadores bibliométricos, desejavelmente redesenhados em prol da Ciência Aberta. A entrevista é conduzida por Maria Clara Leal.

Silvana Roque de Oliveira é Investigadora Integrada do CHAM-Centro de Humanidades e colaboradora do CEIS20-Centro de Estudos Interdisciplinares da Universidade de Coimbra (UC), além de formadora na BAD (Associação Portuguesa de Bibliotecários, Arquivistas e Profissionais de Informação e Documentação). É doutorada em Ciência da Informação, concluiu o Curso de Especialização em Análise de Dados e Visualização de Informação, o DEA em Documentação, o Mestrado em História e Arqueologia da Expansão Portuguesa (séculos XV-XVIII), o Curso de Especialização em Ciências da Informação e Documentação e a Licenciatura em História. Em Maio de 2023, recebeu o Prémio Raul Proença atribuído à sua tese de doutoramento intitulada «A Ciência da Informação em Portugal (1989-2016): uma análise bibliométrica às fontes primárias de comunicação formal». O indicativo sonoro de «CHAM Talks, um podcast para ouvir ciência» utiliza «Bike Sharing To Paradise», de Dan Bordan (sem direitos de autor).

May 05, 202338:12
Pablo Sánchez León: a memória histórica e a Espanha contemporânea

Pablo Sánchez León: a memória histórica e a Espanha contemporânea

«A memória não se pode apagar. É uma parte constitutiva de qualquer cultura. No fundamental, as culturas são a sua própria memória. É o que permite que as culturas se mantenham vivas», afirma Pablo Sánchez León no «CHAM Talks», num episódio em que se conversa sobre o projecto editorial Postmetropolis, o cruzamento do discurso histórico com o discurso ficcional na Espanha contemporânea, a importância da cidadania e as implicações da «Lei de Memória Democrática» (2022). Porque o historiador não conta o passado, mas «pensa historicamente o presente a partir de um conhecimento crítico do passado». A entrevista é conduzida por Alina Baldé.

Pablo Sánchez León é Investigador Integrado do CHAM-Centro de Humanidades, em que coordena a linha temática «Teoria e Metodologia». É «work package leader» do projecto europeu «Rebellion and Resistance in the Iberian Empires, XVIth-XIXth Centuries». Trabalha sobre movimentos sociais e identidades colectivas na história espanhola numa perspectiva comparada, investigando temas históricos desde a Idade Média ao século XXI. Doutorado em História pela Universidad Autónoma de Madrid, foi professor e investigador na Uni. California, Uni. Autónoma de Madrid, Uni. Carlos III de Madrid, Uni. Complutense de Madrid, Uni. Sabanci e Uni. del País Vasco.


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Apr 21, 202341:41
João Paulo Oliveira e Costa: A viagem na descoberta da identidade portuguesa

João Paulo Oliveira e Costa: A viagem na descoberta da identidade portuguesa

As viagens e as suas múltiplas observações foram essenciais para João Paulo Oliveira e Costa compreender Portugal e as suas características, em particular nos percursos pelas fonteiras. O investigador integrado do CHAM-Centro de Humanidades conversa sobre a compreensão de uma identidade portuguesa integrada numa identidade europeia, a importância da língua portuguesa como veículo de união e de identidade e a herança genética da actual população portuguesa, entre outros temas. A entrevista é conduzida por Teresa Lacerda.


João Paulo Oliveira e Costa é Professor Catedrático do departamento de História da NOVA/FCSH e titular da Cátedra Unesco «O Património Cultural dos Oceanos». Foi director do CHAM entre 2002 e 2020. Em 2015, foi distinguido com a Ordem do Sol Nascente pelo imperador do Japão. É membro efectivo da Academia de Marinha e é presidente da Comissão Científica do projecto «História da Marinha Portuguesa». Tem sido professor convidado e conferencista convidado em dezenas de universidades e academias de todos os continentes. Tem uma vasta obra científica editada. É conhecido do grande público também pelos seus romances históricos.


No próximo episódio, Pablo Sanchez León fala sobre o projecto editorial Postmetropolis e a reconstrução da memória histórica em Espanha.


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Apr 07, 202335:07
Eduardo M. Raposo: Da poesia luso-árabe à nova música portuguesa

Eduardo M. Raposo: Da poesia luso-árabe à nova música portuguesa

A influência da cultura árabe na lírica portuguesa é conhecida, mas Eduardo M. Raposo traz uma nova abordagem sobre essa herança, sublinhando a importância do «Século de Almutâmide». Em conversa no CHAM Talks, o investigador fala sobre o impacto do zéjel (canção árabe-andalusa) na poesia galaico-portuguesa, aragonesa e italiana e recorda as cortes interculturais dos primeiros reis de Portugal, formada também por moçárabes. Eduardo Raposo destaca a forma como a poesia e a música ajudam a redescobrir uma matriz mediterrânica riquíssima, anterior à Inquisição, e explica como a poesia luso-árabe está presente na actual música portuguesa. A entrevista é conduzida por Teresa Lacerda.


Eduardo M. Raposo é investigador integrado do CHAM – Centro de Humanidades, especialista em história da cultura e das mentalidades contemporâneas. Tem dirigido revistas culturais como Alma Alentejana e Memória Alentejana, esta há 23 anos. Organizou mais de 90 colóquios, tertúlias e encontros culturais. Publicou biografias sobre Urbano Tavares Rodrigues, Cláudio Torres e Fonte Santa. Participou na Enciclopédia da Música em Portugal no Século XX e é autor de oito livros entre eles dois sobre o Canto de Intervenção e artigos sobre o Cante Alentejano.

No próximo episódio, João Paulo Oliveira e Costa fala sobre Portugal na História.


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Mar 24, 202332:09
Gonçalo Correia Lopes: A arqueologia náutica e a Lisboa dos séculos XVII e XVIII

Gonçalo Correia Lopes: A arqueologia náutica e a Lisboa dos séculos XVII e XVIII

Como fazer arqueologia debaixo de água? Também se faz arqueologia náutica em terra? Como eram construídas as embarcações entre os séculos XV e XVIII, que materiais eram utilizados e com que fim? O que lhes acontecia quando deixavam de ser usadas? O «trabalho de detective» do arqueólogo permite adivinhar a rota de uma embarcação naufragada através do estudo da sua carga? Gonçalo Correia Lopes explica tudo isto e conta como Lisboa se foi desenvolvendo em função do rio e do mar, como se foram construindo aterros na zona que corresponde hoje à faixa entre o Cais do Sodré e o Beato e como os materiais náuticos eram reaproveitados pelas populações. A entrevista é conduzida por Inês Torres.

Gonçalo Correia Lopes é doutorado em História, com especialidade em Arqueologia,  e especialista em arqueologia náutica e construção naval da época moderna. Investigador integrado do CHAM – Centro de Humanidades, é técnico superior da Direcção-Geral do Património Cultural e do Centro Nacional de Arqueologia Náutica e Subaquática (DGPC/CNANS), tendo sido contratado no âmbito do projeto Water World, financiado pelos EEA Grants. Em 2022, recebeu o Prémio Almirante Teixeira da Mota, atribuído pela Academia de Marinha.

No próximo episódio, Eduardo Raposo fala sobre a poesia luso-árabe no Garbe al-Andalus (séculos XI a XIII) e a sua relação com a música portuguesa dos séculos XX e XXI.

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Mar 10, 202343:57
Alice Santiago Faria: Obras públicas do império português no século XIX

Alice Santiago Faria: Obras públicas do império português no século XIX

Alice Santiago Faria, investigadora integrada do CHAM – Centro de Humanidades, conversa sobre obras públicas do império português no século XIX, falando sobre a relevância destes edifícios e infraestruturas ainda hoje nos diversos territórios. Qual a importância da formação de engenheiros luso-descendentes em Goa na sua autonomização? De que forma actuaram as Direcções das Obras Públicas locais e qual o seu impacto? Que edifícios e obras se destacam? Alice Santiago Faria responde a estas e a outras perguntas. A entrevista é conduzida por Lisa Moura.

Investigadora auxiliar no CHAM – Centro de Humanidades, com o projecto individual de seu título «Cerca de 1892: Departamentos de Obras Públicas e a construção diária do império Português» – com o apoio FCT, Alice Santiago Faria coordena, juntamente com Renata Araújo, o projeto de investigação «TechNetEMPIRE – Technoscientific Networks in the construction of the built environment in the Portuguese Empire (1647-1871)» (financiado pela FCT). Licenciada em Arquitectura pela Universidade de Coimbra e doutorada em História de Arte pela Université de Paris I, o seu trabalho cruza a abordagem histórica da arquitectura com a história da ciência e tecnologia, utilizando métodos digitais de investigação no campo das humanidades.

No próximo episódio, Gonçalo Correia Lopes fala sobre a Lisboa ribeirinha dos séculos XVII e XVIII e a arqueologia subaquática.

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Feb 24, 202339:40
Teresa Nobre de Carvalho: a construção de um novo saber botânico no mundo de Quinhentos

Teresa Nobre de Carvalho: a construção de um novo saber botânico no mundo de Quinhentos

O século XVI assiste a uma explosão no conhecimento do mundo botânico. No regresso das viagens de exploração oceânicas, portugueses e espanhóis trazem novas plantas que, por um lado, ampliam o conhecimento acerca da biodiversidade à escala planetária e, por outro, motivam os europeus a conhecer melhor a sua própria flora. A investigadora do CHAM Teresa Nobre de Carvalho fala sobre este processo e sobre as diversas metodologias de análise adoptadas para a descrição de plantas provenientes de diferentes regiões do globo. Se, relativamente às especiarias asiáticas, é feito um trabalho de validação, ampliação ou correcção do saber em circulação desde a Antiguidade, no que se refere às plantas oriundas do continente americano, a novidade é absoluta, e exige a criação de novas descrições textuais e gráficas. Comprovando o seu interesse no seu uso quotidiano, a Europa adopta algumas plantas americanas, como feijões, milho maís, batata-doce e sisal. Teresa Nobre de Carvalho aborda em particular a circulação do ananás, fruto que surpreende pela sua espectacularidade e sabor invulgar e que, cruzando os oceanos, se difunde, a partir do Brasil e do Novo Mundo, para outros espaços tropicais e sub-tropicais, como a costa africana, Goa e Baçaim, China ou Filipinas. A entrevista é conduzida por Helena Castro.

Teresa Nobre de Carvalho é Investigadora Integrada do CHAM-Centro de Humanidades, estando a desenvolver uma pesquisa de pós-doutoramento na qual analisa a aquisição, apropriação e circulação do saber relativo ao ananás nos séculos XVI a XVIII. Na sua investigação examina os desafios científicos, ambientais e culturais provocados pela aclimatação transcontinental deste fruto. Teresa Carvalho é licenciada em Engenharia Agronómica, mestre em Protecção Integrada e doutorada em História e Filosofia das Ciências com uma tese sobre o impacto de Colóquios dos Simples e Drogas e Cousas Medicinais da Índia, de Garcia de Orta, na ciência da Idade Moderna. Colaborou na organização e curadoria, de diferentes exposições, como «360° - Ciência Descoberta» (Museu Calouste Gulbenkian, 2013); «As flores do Imperador. Do Bolbo ao tapete» (Museu Calouste Gulbenkian, 2018); e «O mundo visto dos Oceanos: a primeira viagem à volta do mundo traçada pelas colecções da Sociedade de Geografia de Lisboa» (Sociedade de Geografia de Lisboa, 2019).

No próximo episódio, Alice Santiago Faria conversará sobre obras públicas coloniais no século XIX.

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Feb 10, 202326:24
Paulo Pinto: relações centenares entre filipinos e portugueses, Fernão de Magalhães, Lapu Lapu e sardinhas em conserva

Paulo Pinto: relações centenares entre filipinos e portugueses, Fernão de Magalhães, Lapu Lapu e sardinhas em conserva

Episódio 8:

Paulo Pinto: relações centenares entre filipinos e portugueses, Fernão de Magalhães, Lapu Lapu e sardinhas em conserva

Porque são as Filipinas um país desconhecido para os portugueses hoje em dia? Este foi o ponto de partida da entrevista a Paulo Jorge de Sousa Pinto, investigador integrado do CHAM-Centro de Humanidades, numa conversa sobre as relações históricas entre as Filipinas e Portugal. Paulo Pinto fala sobre a imagem recíproca destes dois países, as figuras de Fernão de Magalhães e Lapu Lapu, o confronto entre a memória imaginária e a memória real, as comemorações da viagem de Magalhães e El Cano, o papel dos historiadores no estreitamento das relações entre portugueses e filipinos, os projectos académicos em curso… e as sardinhas  Mabuti, produzidas em Matosinhos e as favoritas dos filipinos. A entrevista é conduzida por Teresa Lacerda.

Paulo Jorge de Sousa Pinto é coordenador do projecto «Portugal – The Philippines: Connected Histories». É doutorado em Ciências Históricas (Uni. Católica Portuguesa) com a tese intitulada «No Extremo da Redonda Esfera: Relações Luso-Castelhanas na Ásia, 1565-1640. Um Ensaio sobre os Impérios Ibéricos». Entre 2012 e 2017 foi bolseiro de pós-doutoramento pela FCT com o projecto «Conflito e Colaboração - Presenças e Representações dos Chineses Ultramarinos nas Sociedades Iberoasiáticas (séculos XVI-XIX)». As suas áreas de estudo e investigação são a Ásia do Sueste, a presença europeia na Ásia (séculos XVI-XVIII) e os impérios ultramarinos ibéricos.

No próximo episódio, Teresa Nobre de Carvalho fala sobre o novo saber botânico a partir do século XVI, as diferentes formas de estudar as plantas na Ásia, América e Europa e a circulação do ananás em vários continentes.

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Jan 27, 202326:42
Ana Maria Martinho: literaturas africanas, ecossistemas e paisagens

Ana Maria Martinho: literaturas africanas, ecossistemas e paisagens

Em que medida instrumentos teóricos como a ecocrítica, o pensamento decolonial e o feminismo nos ajudam a compreender narrativas e ensaios de autores africanos como Paulina Chiziane, Ruy Duarte de Carvalho, Dina Salústio, Pepetela ou Luandino Vieira? Como estão presentes nestes textos as memórias sonoras e visuais das paisagens rurais e urbanas? A memória histórica está impressa também nas narrativas orais? Nos textos ficcionais, a mulher tem um papel preponderante na afirmação de modelos alternativos de família? Ana Maria Martinho responde a estas questões no sétimo episódio de «CHAM Talks, um podcast para ouvir ciência». A entrevista é conduzida por Daniella Zerbinatti.

Ana Maria Martinho é Professora Associada na Universidade Nova de Lisboa, Membro da Comissão Executiva do Departamento de Estudos Portugueses (FCSH NOVA), Investigadora Integrada do CHAM-Centro de Humanidades (em que coordena o Seminário Permanente em Estudos Africanos) e Investigadora Associada do CREPAL (Sorbonne Nouvelle). Tem experiência de investigação e docência universitária em Portugal e no estrangeiro e integra a Cátedra de LP da Universidade Católica de Angola. Trabalha sobre Teoria e Literatura Africana, Cultura, Literatura e Ecocrítica. Tem-se dedicado desde o início da sua carreira à divulgação das Literaturas em Língua Portuguesa e a cooperação académica internacional, também no âmbito do Português como Língua não Materna.

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Jan 13, 202333:38
Vanda Witoto e Juciene Apolinário: Amazónia, ecologia, saberes indígenas, mulheres e educação

Vanda Witoto e Juciene Apolinário: Amazónia, ecologia, saberes indígenas, mulheres e educação

«A Amazónia são primeiro as pessoas. Não é apenas a vegetação – que é rica, bela –, não são somente os nossos rios», afirma Vanda Witoto no sexto episódio de «CHAM Talks, um podcast para ouvir ciência». A líder indígena brasileira – que participou no IV Congresso Internacional Mundos Indígenas, em Lisboa, em Novembro de 2022 – recorda a ausência da aplicação de direitos fundamentais das populações amazónicas e a falta de assistência do Estado em áreas como a saúde, a educação ou as infra-estruturas de água potável. Vanda Witoto salienta como o acesso ao sistema educativo por parte dos indígenas contribuiu para que estes compreendessem a sua própria História e questionassem outras versões do passado: «A gente vive um período longo da História de invisibilidade da nossa existência, das nossas lutas, das nossas culturas. A educação nos permite enxergar-nos nessa História.» Conversando sobre as consequências do desmatamento da Amazónia e da mineração, Witoto destaca o papel das mulheres ao longo de centenas de anos na defesa da identidade e da memória histórica. Por seu lado, Juciene Ricarte Apolinário recorda a história do Congresso Internacional Mundos Indígenas (COIMI) – evento bianual que teve a sua quarta edição em Novembro de 2022, em Lisboa, Paris e Sevilha –, destacando o diálogo e a troca de conhecimentos sobre os povos originários. A entrevista é conduzida por Maria Clara Leal.

Vanda Witoto é líder indígena do Estado brasileiro do Amazonas, tendo-se destacado durante a pandemia de covid-19 ao coorganizar uma unidade de apoio à saúde. Após participar na 27.ª Conferência do Clima das Nações Unidas, no Egipto, visitou a Universidade NOVA de Lisboa para proferir a conferência de abertura do IV Congresso Internacional Mundos Indígenas (COIMI).

Juciene Ricarte Apolinário é Investigadora Colaboradora do CHAM-Centro de Humanidades e Professora na Universidade Federal de Campina Grande (Brasil). Especialista em História do Brasil Colonial e Imperial, História Indígena, História Ambiental e Património Cultural, Juciene Ricarte Apolinário é uma das organizadoras do Congresso Internacional Mundos Indígenas (COIMI).

No próximo episódio, Ana Maria Martinho fala sobre literaturas africanas, ecossistemas e resistência, abordando autores como Paulina Chiziane e Ruy Duarte de Carvalho.

Dec 30, 202235:22
Noemi Alfieri: Para além da descolonização política, saberes e práticas contra-hegemónicas e projectos editoriais africanos

Noemi Alfieri: Para além da descolonização política, saberes e práticas contra-hegemónicas e projectos editoriais africanos

Noemi Alfieri conversa sobre projectos editoriais nascidos em África ou nas suas diásporas em meados do século XX, nomeadamente Mensagem, Présence Africaine e Black Orpheus. Entre características comuns, conta-se a descolonização política, cultural e do conhecimento, mas também mudanças epistemológicas, a dignificação da negritude e a consolidação de redes panafricanistas. Noemi Alfieri recorda as obras de Noémia de Sousa, Alda Espírito Santo, Mário Pinto de Andrade e Sarah Maldoror, entre outros, abordando a forma como as culturas com origem em África e na Europa foram comunicando. Noemí Alfieri fala ainda sobre o impacto de circulação, deslocações e laços pessoais e de solidariedade nestes processos. A entrevista é conduzida por José Alberto Catalão.

Noemi Alfieri é Investigadora Colaboradora do CHAM-Centro de Humanidades e membro do projecto «Literatura de Mulheres: Memórias, Periferias e Resistências no Atlântico Luso-Afro-Brasileiro» (WomenLit), financiado pela FCT. É «Postdoctoral fellow» do Africa Multiple Clister for Advanced African Studies da Universidade de Bayreuth, na Alemanha. Na sua tese de doutoramento, abordou questões identitárias e o papel do conflito nas literaturas africanas em língua portuguesa, abarcando o período entre 1961 e 1974. Actualmente está a desenvolver a investigação «Mapping anti-colonial networks through literature. Transnational connections of African thinkers in the reconfiguration of space and thought (1950s-70s)» na Universidade de Bayreuth, no Africa Multiple Cluster for Excellence e iniciará, em 2023, um projecto com o mesmo título, com financiamento do Concurso de Estímulo ao Emprego Científico da FCT.

No próximo episódio, Vanda Witoto e Juciene Ricarte Apolinário falarão sobre a Amazónia, ecologia, a relação entre os saberes indígenas e os sistemas educativos e o papel das mulheres.

Dec 12, 202233:52
Margarida Rendeiro: Literatura escrita por mulheres ciganas, voz própria e distanciamento de estereótipos

Margarida Rendeiro: Literatura escrita por mulheres ciganas, voz própria e distanciamento de estereótipos

Quantas autoras ciganas existem em Portugal? E noutros países europeus? Porque se destaca o nome de Olga Maria neste panorama? Que condicionalismos históricos explicam o contexto de produção literária de mulheres ciganas? Como é a relação destas autoras com a comunidade? Que temas abordam os autores ciganos, longe dos estereótipos e imagens externas? Que línguas são utilizadas? Margarida Rendeiro conversa sobre literatura escrita por mulheres ciganas no quarto episódio de «CHAM Talks, um podcast para ouvir ciência».

Margarida Rendeiro é Investigadora Integrada Doutorada do CHAM-Centro de Humanidades e Professora Auxiliar na Universidade Lusíada. É investigadora principal do projecto «Literatura de Mulheres: Memórias, Periferias e Resistências no Atlântico Luso-Afro-Brasileiro» (WomenLit), financiado pela FCT e que decorre até Dezembro de 2024. Doutorada no Kings College (London), Margarida Rendeiro desenvolveu o seu pós-doutoramento sobre «Memory and Utopia in Portugal after 1974: The Heirs of the Revolution of April» no CHAM-Centro de Humanidades. A entrevista é conduzida por Beatriz Menino.

Dec 01, 202227:02
Luís Andrade: Revistas, cultura e política no Portugal do século XX

Luís Andrade: Revistas, cultura e política no Portugal do século XX

Episódio 3:

Luís Andrade: Revistas, cultura e política no Portugal do século XX

Instrumento de inovação na sensibilidade, gosto e estilos de vida, as revistas são por natureza uma expressão de ideias e cultura. Apelativas do ponto de vista estético e temático, as revistas desempenharam ao longo do século XX diversos papéis, entre eles o de estruturar movimentos culturais e definir correntes de pensamento e movimentos cívicos. Foi o que aconteceu com a Orfeu, Portugal Futurista, Presença, Germinal, Sementeira, Seara Nova e O Tempo e o Modo, entre outras. No terceiro episódio de «CHAM Talks, um podcast para ouvir ciência», Luís Andrade aborda a importância da imagem, a relação da imprensa com a censura, o uso de pseudónimos, o futuro das revistas no século XXI, o portal «Revista de Ideias e Cultura» e o Prémio Ler+ 2022, que recebeu em Outubro.

Luís Andrade, Investigador Integrado Doutorado do CHAM-Centro de Humanidades, tem-se dedicado ao estudo do pensamento e da cultura contemporâneos numa perspectiva que articula os saberes filosóficos e históricos com os estudos literários e artísticos. A sua investigação mais recente visa os movimentos intelectuais portugueses do século XX, nomeadamente as revistas que os definiram e estruturaram. Neste âmbito, dirige o portal «Revistas de Ideias e Cultura» (www.ric.slhi.pt). É coordenador do Seminário Livre de História das Ideias e do Grupo de Investigação Pensamento Moderno e Contemporâneo do CHAM – Centro de Humanidades. Em 2022, recebeu o Prémio Ler+, atribuído pelo Plano Nacional de Leitura, como foi referido. A entrevista é conduzida por Alina Baldé.

No próximo episódio, Margarida Rendeiro conversará sobre literatura escrita por mulheres ciganas dentro e fora de Portugal, reflectindo sobre as condições da produção destas obras e a dificuldade que estas autoras encontram no momento de escrever e editar.

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Nov 17, 202243:20
Carla Vieira: A diáspora dos judeus sefarditas, construção de identidades e os pedidos de nacionalidade portuguesa no século XXI

Carla Vieira: A diáspora dos judeus sefarditas, construção de identidades e os pedidos de nacionalidade portuguesa no século XXI

Porque há cada vez mais descendentes dos sefarditas a pedir a nacionalidade portuguesa? Porquê regressar no século XXI a um espaço de sofrimento familiar? Existe um turismo judaico em Portugal e Espanha? Como circulava a ideia da superioridade sefardita nas comunidades hebraicas europeias e norte-americanas no século XIX? Como foi a herança ibérica preservada nas tradições e língua sefardita? Estas e outras questões são abordadas no segundo episódio de «CHAM Talks, um podcast para ouvir ciência», numa entrevista a Carla Vieira sobre a expulsão dos judeus sefarditas da Península Ibérica e a sua diáspora mundial.

Carla Vieira é Investigadora Integrada Doutorada do CHAM-Centro de Humanidades. É investigadora principal do projecto «Western Sephardic Diaspora Roadmap». É editora de Cadernos de Estudos Sefarditas. Entre outros trabalhos, é autora de Judeus Portugueses na América. Uma Outra Diáspora (2020). A entrevista é conduzida por Helena Castro.

No próximo episódio, Luís Andrade conversará sobre revistas, cultura e política no Portugal do século XX, abordando a importância da imagem, a relação da imprensa com a censura, o uso de pseudónimos, o futuro das revistas no século XXI e o Prémio Ler+ 2022 (atribuído pelo Plano Nacional de Leitura) que recebeu em Outubro.

Nov 03, 202226:12
Pedro Cardim: Os povos indígenas no Brasil colonial e contemporâneo, resistência e História

Pedro Cardim: Os povos indígenas no Brasil colonial e contemporâneo, resistência e História

O estatuto colonial dos povos indígenas no Brasil é o ponto de partida para uma conversa com Pedro Cardim, no primeiro episódio de «CHAM Talks, um podcast para ouvir ciência». Nesta entrevista fala-se sobre os motivos da colonização portuguesa do Brasil, as diferentes formas como os europeus encaravam as populações locais, a relação entre violência e agricultura, o impacto nas relações sociais do uso de mão-de-obra intensiva, a tenaz resistência indígena ao poder colonial (através de acções militares, motins, apelo a tribunais, manutenção de traços culturais, etc.), o papel das ordens religiosas na aculturação das sociedades locais e a persistência em alguns sectores brasileiros no século XXI de uma insensibilidade em relação às especificidades das culturas indígenas.

Pedro Cardim é Investigador Integrado Doutorado do CHAM-Centro de Humanidades e Professor Associado com Agregação no Departamento de História da Universidade NOVA de Lisboa. Trabalhando no âmbito dos Estudos Ibéricos e Ibero-Americanos, Pedro Cardim investiga História do Colonialismo e História Constitucional na época moderna. Autor de mais de uma centena de artigos, livros e capítulos de livros, foi Professor Visitante em instituições como École des Hautes Études en Sciences Sociaes (Paris), New York University e Université de Toulouse Jean Jaurès. A entrevista é conduzida por José Alberto Catalão.

No próximo episódio, Carla Vieira falará sobre a diáspora dos judeus sefarditas pela Europa e Estados Unidos, cruzando imagens de um passado de fuga e exílio com as notícias dos pedidos de nacionalidade portuguesa pelos seus descendentes.

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Oct 20, 202233:40